João Vieira

Biografia

 

João Vieira nasceu a 4 de Outubro de 1934 na aldeia de Anêlhe, em Vidago, Trás-os-Montes. Aos quatro anos de idade vem com os pais, professores primários, e as quatro irmãs para Lisboa.

Em 1951 ingressa na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa onde frequenta os dois primeiros anos do curso de Pintura e estabelece os primeiros contactos com alguns pintores neo-realistas: Júlio Pomar, Lima de Freitas e Rogério Ribeiro com quem compartilha o atelier. Em 1953 abandona o curso e em 1955 cumpre parte do serviço militar.

Em 1956 surge a descoberta da pintura do imaginário interior. O neo-realismo que a precedera, influenciado por artistas que integravam esta corrente, como Júlio Pomar, Lima de Freitas e Rogério Ribeiro, esgotara-se já no processo de descoberta da pintura, na descoberta do modelo vivo, com o estudo académico das Belas -Artes perspectivado nas cenas rurais ou de pesca, apoiados em alguns truques facilmente assimilados e na grande facilidade com que dominava as técnicas do desenho e da pintura.

Dois anos antes, João Vieira havia deixado de pintar. Contudo, é em 1956 que a visão de uma mulher a uma janela, de braços cruzados, origina o nascimento de três quadros, fruto de uma emoção que substitui a visão directa da realidade. Altera-se a matriz. A Escrita surge como catalizador e suporte. A ida ao Museu do Prado, em Madrid, abre horizontes mais vastos que os do Museu de Arte Antiga e prepara já a ida para Paris, em 1957. O choque da descoberta da Modernidade, nos painéis da Gare Marítima de Alcântara, de Almada Negreiros, é decisivo. Entretanto partilha o atelier por cima do Café Gelo com René Bertholo e José Escada, integrando uma tertúlia que toma o nome de Grupo do Gelo com os Poetas Herberto Helder, Helder Macedo, Manuel de Castro e Mário de Cesariny de Vasconcelos.

Estão definidas as três traves mestras da sua pintura e da sua vida: a Escrita, literária e simbólica, prolongada na (con)vivência com escritores, mais próximo deles que dos outros artistas plásticos; a Mulher, fascínio de infância, procura constante do mistério que encerra; o Rigor que impõe que tudo seja bem feito. A partir daí não passa um dia sem que pelo menos um destes elementos não esteja presente, em que não se interpenetrem ou completem.

Expõe pela primeira vez na colectiva "I Exposição dos Artistas de Hoje", na Sociedade Nacional de Belas Artes e é novamente incorporado no serviço militar, que termina em 1957.

Parte para Paris, onde a sua sede de espaço se sacia nas Galerias onde o Existencialismo omnipresente alonga as palavras em linhas e horizontes sucessivos. Estuda na Académie de La Grande Chaumière sob a orientação de Henri Goetz e conhece Vieira da Silva e, influência marcante, Arpad Szenes, outro pintor com alma de poeta de um outro país de poetas, a Hungria. Em 1959 recebe uma bolsa por dois anos, atribuída pela Fundação Gulbenkian.

Em 1959/60 funda o Grupo KWY, juntamente com Lourdes Castro, René Bertholo, José Escada, Gonçalo Duarte, Jann Voss e Christo, publicam a revista com o mesmo nome e convive com os elementos do grupo espanhol El Paso (Saura, Feito, Millares). Expõe individualmente pela primeira vez, na Galeria do Diário de Notícias, em Lisboa em que descobre o que chama de sinais alfabéticos e atinge a sua maturidade artística.

Descobre Dubuffet e a procura de novas texturas, a matéria autonomiza-se e permite outras aventuras. A cor e a forma tratadas por Esteve influenciam-no ao ganharem em clareza. E, mais que por qualquer outro, é marcado por Yves Klein. Dos novos caminhos que a Arte percorre elimina a cor e tudo se resume ao branco, cinzento e negro, trabalhados à espátula. As cores, a surgirem, são as do Barroco, com todas as matizes do castanho, os verdes, cores profundas, interiorizadas. Os ideogramas, já letras do alfabeto, articulam-se em frases, síntese visual da energia humana que as cria.

Em 1962 regressa a Lisboa, onde permanece por dois anos, leccionando pintura na Escola Antonio Arroio. Em 1964 regressa a Paris, onde adoece gravemente, e no ano seguinte parte para Londres, onde ensina no Maidstone College of Art durante um ano, em que priva com a comunidade artística portuguesa (Alberto de Lacerda, Helder Macedo, Paula Rego, Menez, Bartolomeu Cid, Mário Cesariny, Cutileiro). Descobre a cultura Pop, abrangente e democrática como nenhuma outra até então. De Duchamp apreende a problematização da noção de pintura e o alargamento potencialmente infinito do seu horizonte formal a limites que não se afiguram ultrapassáveis.

Em 1967 regressa a Portugal e começa a trabalhar quase exclusivamente em cenografia. Recebe o prémio do Ciclo de Teatro Latino de Barcelona pela cenografia de D.Quixote em 1968. Neste ano inicia a actividade de cenografista para a RTP, onde se mantém até 1972. Faz pela primeira vez investigação cenográfica, para a série de programas Panorama do Teatro Português e visita, em estudo e trabalho, a BBC e ITV, em Londres, e a NCK ,em Tóquio, em 1970. Nesse ano realiza a sua primeira performance (a que chama acção-espectáculo) na Galeria Judite Dacruz, durante a exposição O espírito da Letra (que termina com a destruição das obras expostas), e pela qual recebe uma Menção Honrosa no Prémio SOQUIL 70. Recebe também o Prémio Nacional de Encenação pelo trabalho em Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, em 1971, ano em que lecciona no IADE.Em 1967 regressa a Portugal e começa a trabalhar quase exclusivamente em cenografia. Recebe o prémio do Ciclo de Teatro Latino de Barcelona pela cenografia de D.Quixote em 1968. Neste ano inicia a actividade de cenografista para a RTP, onde se mantém até 1972. Faz pela primeira vez investigação cenográfica, para a série de programas Panorama do Teatro Português e visita, em estudo e trabalho, a BBC e ITV, em Londres, e a NCK ,em Tóquio, em 1970. Nesse ano realiza a sua primeira performance (a que chama acção-espectáculo) na Galeria Judite Dacruz, durante a exposição O espírito da Letra (que termina com a destruição das obras expostas), e pela qual recebe uma Menção Honrosa no Prémio SOQUIL 70. Recebe também o Prémio Nacional de Encenação pelo trabalho em Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, em 1971, ano em que lecciona no IADE.

Em 1973 parte para Londres, onde trabalha e faz investigação sobre Teatro e Artes Plásticas. Regressa a Portugal em 1974 e torna-se designer na fábrica de espumas de poliuretano FLEXIPOL até 1975. Entretanto executa as ilustrações para o livro Contos Carcomidos, de Jorge Listopad, faz trabalho didáctico com grupos de teatro amador (Guilherme Cossoul, Campolide), desenvolve actividades de animação cultural por todo o país e participa como monitor nos estágios de formação de animadores culturais do FAOJ e INATEL.

Em Setembro de 1975 torna-se funcionário da Secretaria de Estado da Cultura, como Director do Gabinete de Animação Cultural da Direcção-Geral da Animação Cultural, e posteriormente Coordenador da Área Cultural de Belém (Galeria Nacional de Arte Moderna) até 1981. Foi adjunto do Secretário de Estado da Cultura Helder Macedo durante o governo de Maria de Lurdes Pintassilgo.

Em 1978/79 é professor de Cenografia no Conservatório Nacional. Estuda Encenação e Cenografia com Josef Szayna no Teatro Studio Galeria em Varsovia. Participa no seminário da Semana de Arte Contemporânea do Museu Vostell Malpartida, em Malpartida de Cáceres, com Canogar, Palazuelo, Gordillo, Fernando Pernes, Ernesto de Sousa, etc.. Inicia a actividade de professor de pintura nos Cursos de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, em 1980.

Em 1982 faz recolha etnográfica em Trás-os-Montes. Em 1984 realiza serigrafias para o álbum KODAK sobre um poema de Herberto Helder. Em 1986 expõe em Berlim e Hannover.

Em 1984, após algum tempo de pesquisa etnográfica em Trás-os-Montes, surge a exposição-performance Caretos (Galeria Quadrum). Retorno às origens, estas máscaras-letras metamorfoseiam as letras em figuras, consubstanciam a sua elevação a uma dignidade individual, reatribui-lhe o valor mágico perdido pela escrita utilitária do nosso tempo. Seguem-se as Metamorfoses, prolongamento dos Caretos, transfiguração em metamorfoses-amorosas.

A partir de 1987 enceta uma viagem pela história da pintura portuguesa, com As Imagens da Escrita, sobre os Painéis de S.Vicente, de Nuno Gonçalves, continuada com o trabalho sobre Francisco de Hollanda (Diálogos de Lisboa) em 1988 e com Efeitos de Espelho (à maneira de Grão Vasco) em 1995. A partir da viagem a Macau para a exposição Artistas Portugueses, em 1991, começa a estudar os caracteres chineses, que vem a utilizar na exposição Silêncio Chinês, em 1993.

Em 1995 realizou seis grandes painéis de azulejo para o metropolitano de Budapeste e prepara vitrais para a futura estação do Terreiro do Paço, em Lisboa.

Com a exposição Um Almirante Em Vez de Coração faz em 1996 a primeira incursão no universo multimédia (a segunda versão da peça foi apresentada na exposição Soquil).

O experimentalismo foi a nota dominante da sua obra. Vieira usa materiais invulgares como poliuretano rígido, espumas flexíveis ou tinta de automóveis, realizando assemblages, ilustrações literárias, happenings e performances (as “acções-espectáculo”, como chamava) pioneiras no país, e transpondo poemas e letras para telas espessamente coloridas ou para objectos tridimensionais, dando origem a environments de grande escala.

João Vieira morreu em 2009 ano em que recebeu postumamente o grande Prémio Amadeo de Souza Cardoso, na sua 7ª edição.

 

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

1959  Pintura, Galeria Diário de Notícias, Lisboa

1962 Pintura, Galeria Diário de Notícias, Lisboa

1964 Pintura, Galeria Diário de Notícias, Lisboa

1965 Pintura, Galeria Divulgação, Lisboa

1966 Pintura, Galeria 111, Lisboa

1970 O Espírito da Letra, Galeria Judite Dacruz, Lisboa

1971 Expansões, Galeria Judite Dacruz, Lisboa

1972 Anagramas, Galeria Judite Dacruz, Lisboa

1974 Originais para as ilustrações de "Contos arcomidos", Galeria Opinião, Lisboa

1981 Mamografias, Galeria Diferença, Lisboa; Alfabetos, Galeria Quadrum, Lisboa

1982 Mamografias, Galeria CAP, Coimbra

1984 Kodak, Galeria Altamira, Lisboa;  Caretos, Galeria Quadrum, Lisboa

1986 Metamorfoses, Galeria Wewerka, Hannover, Berlim;  Metamorfoses, Galeria Zen, Porto

1987 Guaches, Galeria Atelier 2, Lisboa

1988 As Imagens da Escrita, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa Máscaras, Centro Cultural S. Lourenço, Almansil;  Diálogos de Lisboa (Francisco de Hollanda), Galeria Barata, Lisboa

1990 Galeria Nasoni, Lisboa

1991 Escritas, Galeria Neupergama, Torres Novas

1993 Mácaras, Museu de Amarante; Silêncio Chinês, Edif Eduardo Martins, Lisboa.

1994 Silêncio Chinês, Galeria dos Escudeiros, Évora;  Ideogramas, Galeria Trema, Lisboa

1995 Efeitos de Espelho (à maneira de Grão-Vasco), Museu Grão-Vasco, Viseu

Efeitos de Espelho(à maneira de Grão-Vasco), Fundação Mapfre, Porto

1996 Exposição dos painéis de azulejos preparativos para os painéis do metropolitano de Budapeste, Galeria Ratton, Lisboa;  Inauguração do painel de azulejos na estação do metropolitano de Budapeste;  Bestiário, Galeria Fernando Santos, Lisboa/Porto (em simultâneo)

Um Almirante em Vez de Coração, Casa-Museu Fernando Pessoa, Lisboa (instalação multimédia)

 

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

 

1956:  I Exposição Artistas de Hoje, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;  7 Junge Portuguiesische Kunstler, Kunstverein, Hannover

1957:  I Exposição de Artes Plásticas, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

1958: Onze Pintores Portugueses, Galeria Abril, Madrid

1960: Grupo KWY, Universidade de Saarbrucken; Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

1961: Grupo KWY, Galeria Le Soleil Dans la Tête, Paris;  II exposição de Artes Plásticas, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, FIL, Lisboa

1967:  Prémio Lissone, Milano;  Arte Portuguesa - Pintura e Escultura do Naturalismo aos Nossos Dias, Palais des Beaux Arts, Paris, Bruxelles

1968: Arte Portuguesa - Pintura e Escultura do Naturalismo aos Nossos Dias, Casón del Buen Retiro, Madrid;  Exposição GM 67, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;  Exposição de Arte Moderna "Pintura e Escultura", Museu José Malhoa, Caldas da Rainha

1969: Exposição Inaugural da Galeria de Exposições Temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa;  Colectiva, Galeria Judite Dacruz, Lisboa

1971:  Prémio SOQUIL-70, Galeria Bucholz, Lisboa;  Pintura Portuguesa, Instalações da TAP, Bruxelas

1972:  Colectiva, organizada pela Galeria Judite Dacruz, Cooperativa Árvore, Porto;  Expo AICA 72, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

1973:  26 Artistas de Hoje, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;  Pintura Portuguesa de Hoy - Abstractos y Neofigurativos, Palacio de La Virreina, Barcelona

1974:  Expo AICA 74, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

1975:  I Bienal do Avante, Lisboa

1976:  Arte Portoghese Comtemporanea, Galeria Nazionale d'Arte Moderna, Roma;  Art Portugais Contemporain, Musée D'Art Moderne de la Ville de Paris, Paris;  Arte Portuguesa Contemporânea, Museu de Arte Moderna de Brasília, São Paulço e Rio de Janeiro, Brasil

1977: Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa;  Cultura Portuguesa em Madrid, Palacio de Congressos, Madrid

1979:  SACOM 2, Museo Vostell, Malpartida de Cáceres;  Arte Moderna Portuguesa, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa;  Festa de la Letra, Galeria Ciento, Eude, Joan Prats, Sala Gaspar e BCD, Barcelona

1980:  SACOM 3, Museo Vostell, Malpartida de Cáceres;  Bienal de Veneza (representação nacional), Veneza;  Exposição CNARP, Lisboa

1981:  Exposição de Arte, Reitoria da Universidade Clássica, Lisboa

1982:  Desenhos? Projecto Sema, Edifício Mobil, Lisboa

1983:  Exposição de Artes Plásticas - Jornada de Divulgação da Arte em Portugal, Casa do Alentejo, Lisboa

1984:  20th Asia Modern Art Exhibition Special Review, Tokio-to Bijutsukan e Ueno-no-Mori Bijutsukan, Tokyo

1986:  AICA, Gulbenkian

1987:  Arte Portuguesa 70-80, Exposição Itinerante

1990:  Surrealismo e Não-Só, Galeria Neupergama, Torres Novas

1991:  Três Artistas Portugueses em Macau, Casa Garden, Macau

1993:  Biombos dos Portugueses, Tokyo, São Paulo

1994:  Biombos dos Portugueses, Lisboa, Porto, Toronto, Cabo Verde;  Anos 60, Palácio Galveias, Lisboa;  Exposição Itinerante de Artes Plásticas, Festa do Avante, Lisboa; Fête de L'Humanité, Paris

1995:  Colecção de Mário Soares, Museu do Chiado, Lisboa.

 

ACÇÕES-ESPECTÁCULO/ PERFORMANCES

1970  O Espírito da Letra, Galeria Judite Dacruz, Lisboa

1971  O Espírito da Letra, Galeria Bucholz, Lisboa

Expansões, Galeria Judite Dacruz, Lisboa (com a participação de modelos profissionais)

1972  Incorpóreo I, Expo AICA-72, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

(com a participação de Maria)

1973  Pele Integral, Expo AICA-73, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

1978  Incorpóreo II, Museo Vostell, Malpartida de Cáceres

1980  Expansões, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa (com a participação de elementos do grupo de teatro "A Barraca" e dos músicos Maria João Serrão e Oliveira e Silva)

1981  Mamografias, Galeria Diferença, Lisboa (com a participação de Maria, Manu e Mandinga)

1984 Caretos, Galeria Quadrum, Lisboa (com a participação de Janita Salomé)

 

FILMOGRAFIA

1971 Expansões, 16mm, cor, aprox. 10 minutos. Galeria Judite Dacruz, Lisboa (realização de Manuel Pires)

1972  Incorpóreo I, 16mm, cor, aprox. 10 minutos. Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa (realização de Manuel Pires)

 

VIDEOGRAFIA

1977  Mamografias, (projecto-instalação-vídeo), circuito interno, preto e branco, tempo de duração ininterrupto ao longo da exposição Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa

1979 Concerto Fluxus com Juan Hidalgo, Wolff Vostell e Joana Rosa, preto e branco, Sony V-60H, aprox. 20 minutos

1980   Expansões, (Video-performance), U-Matic, cor, aprox. 25 minutos, Galeria Nacional de Arte Moderna, Lisboa (ardeu no incêndio da Galeria, existe uma cópia resumo de 5 minutos)

1981  Mamografias, (video-performance), U-Matic, cor, aprox. 20 minutos, Galeria Diferença, Lisboa (realização de Manuel Pires)

1982  Festa dos Caretos em Torre D. Chama, (recolha etnográfica), U-Matic, cor, Torre D. Chama (realização Manuel Pires)

1984  Caretos, (Video-performance), U-Matic, cor, 25 minutos, Galeria Quadrum, Li sboa (realização de Cerveira Pinto)

 

TEATRO

 

CENOGRAFIA

1967 D. Quixote, de Y. Jamiaque, encenado por Carlos Avillez. Teatro Experimental de Cascais.

1968 O Porteiro, de Harold Pinter, encenado por Jorge Listopad. Teatro do Nosso Tempo, Lisboa.

1969 À Espera de Godot, de Samuel Beckett, encenado por Jacinto Ramos. Banco de Angola, Lisboa;   A Ilha dos Escravos, de Marivaux, encenado por Luis Lima. Teatro Experimental Universitário de Coimbra;   Ida e Volta, de Hindemith, XIII Festival Gulbenkian de Música, Lisboa;  O Capote, de Chailly, XIII Festival Gulbenkian de Música, Lisboa

1976 O Círculo de Giz Caucasiano, de Brecht, encenado por João Lourenço. Nacional 2, Lisboa

1977 1383, de Virgílio Martinho, encenado por Joaquim Benite. Grupo de Teatro de Campolide, Lisboa

1981 Baal, de Brecht, encenado por João Lourenço. Nacional 2, Lisboa

1984 Traições, de Harold Pinter, encenado por João Vieira. Teatro de Actor, Lisboa

1994 Molière, de Bulgakov, encenado por Joaquim Benite. Companhia de Teatro de Almada

 

ENCENAÇÃO

 

1976 Quem Tem Medo de Virgínia Wolff? de Edward Albee. Companhia Vasco Morgado, Lisboa

1984 Traições, de Harold Pinter. Teatro de Actor, Lisboa;  Paisagem, de Harold Pinter. RTP, Lisboa

 

PRÉMIOS

1968 Prémio do Ciclo de Teatro Latino, Barcelona, pela cenografia de D. Quixote

1971 Prémio Nacional de Teatro, pela encenação de Quem Tem Medo de Virgínia Wolff?